segunda-feira, outubro 09, 2006

Eu bebo a Vida, a longos tragos,
Como um divino vinho de Falerno!
Pousando em ti o meu olhar eterno
Como pousam as folhas sobre os lagos...

Os meus sonhos agora são mais vagos...
O teu olhar em mim, hoje, é mais eterno...
E a Vida não é o rubro inferno
Todo fantasmas tristes e pressagos!

A Vida, meu Amor, quero vivê-la!
Na mesma taça erguida em tuas mãos,
Bocas unidas, hemos de bebê-la!

Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...
Que importa o mundo e os seus orgulhos vãos?...
O mundo, Amor!... As nossas bocas juntas!...

Florbela Espanca

7 Comments:

Blogger £ou¢o Ðe £Î§ßoa said...

Olá menina...
Quer dizer, chegaste e não te atreveste a dizer???

Florbela, transforma a dor em belas palavras...

Kiss, até outro instante!

13:31  
Blogger Joker said...

Olha, um louco por aqui =D...

Lipa, vim ver-te, já vi que a porta já está novamente aberta...e entrei sem bater!

No hall de entrada estava a Florbela Espanca!
Boa recepção!

Beijokas Mágicas!

17:15  
Anonymous Anónimo said...

Florbela, sempre sublime, sempre actual...

Uma escrita, sem dúvida, intemporal...

Extraordinário bom gosto.

Um beijo grande

00:10  
Anonymous Anónimo said...

O poema diz tudo, por isso não posso acrescentar muito como comentário, apenas o facto de que a escolha foi brilhante. Muito bom, como nos restantes posts.

Um beijo

21:53  
Blogger ... said...

Florbela...única!
Vejo que temos gostos comuns!
Ab
Sara

23:39  
Blogger Embryotic SouL said...

Conheço perfeitamente...lindo...simplesmente.
Desejo-te uma boa semana...

Um sopro sentido

14:08  
Blogger RealSmile said...

Sou fã :)
Até a tristeza tem uma certa subtileza nas suas palavras :) *

21:04  

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